Há tempos não posto nada, pois o tempo me foge. Porém, há alguns dias, me pediram uma leitura através do contato do blog, e eu a fiz hoje. Aproveitei uma horinha livre que eu teria, abri meu baú de tarôs, peguei minha toalhinha e escolhi um baralho. Também abri minha gaveta de incensos, escolhendo um aroma, e selecionei alguns dos meus cristais.
Ganhei de presente de minha irmã uma cadeira muito antiga com assento de palha e pernas curtas, que ela chamou de 'cadeira anã.' Ideal para ler tarô, já que eu fico confortavelmente sentada bem perto do chão, onde estendo minha toalha sobre o tapete. Dali, posso ter uma certa 'visão panorâmica' do jogo, sem ficar fisicamente dolorida ou cansada por estar mal acomodada. Prefiro colocar o jogo no chão, onde há bastante espaço, a usar uma mesa. Muitas vezes, coloco uma música bem suave.
Me cerco dos meus livrinhos, oráculos, incensos, cadernos... um momento só meu, que eu adoro. Gosto de ler assim, sozinha, quando me encomendam uma tiragem, pois sou solitária por natureza e ler diante do consulente me deixa inquieta. Muitas vezes, eles estão ansiosos, ou cheios de dúvidas, interrompendo a minha concentração e me bombardeando com perguntas. Quando leio sozinha, me concentro muito melhor e a intuição - que considero essencial para se ler tarô - é bem mais forte e natural.
E assim termino mais uma leitura. Guardo as cartas, cadernos, cristais, livros e incensos, sacudo bem a toalha à janela e ponho o deck de volta no meu baú, junto com os demais, aguardando uma próxima leitura.
Antes de tudo, tenho muito amor e respeito pelas cartas. Acho que nunca vou conseguir cobrar por uma leitura... mas quem sabe, no futuro, quando eu me aposentar?
