terça-feira, 25 de setembro de 2018

O que é o Tarô?




Para começarmos a pensar nas cartas de tarô, seria interessante darmos uma olhada na sua origem. Porém, esta origem é bastante controversa. Alguns acreditam que o tarô surgiu primeiro na França. Outros acreditam que as cartas de tarô surgiram entre os séculos XV e XVI no norte da Itália. 

Enfim, a origem do tarô é um tanto obscura! Também é atribuída aos egípcios e aos hebreus, principalmente aos cabalistas da religião judaica, tendo sido criado a fim de preservar e solidificar os conhecimentos da antiguidade. Assim, o conhecimento seria preservado de forma simbólica apenas aos iniciados. 

Se você pesquisar na internet, achará várias histórias diferentes sobre a origem do tarô. 

Um baralho de tarô tem 78 cartas - 22 arcanos maiores e 56 arcanos menores. Caso você encontre algum baralho que não contenha o mesmo número de cartas, não se trata de um tarô. 

Arcano é uma palavra que significa "Mistério."  Existem muitos tipos diferentes de tarô, e cada pessoa se harmoniza melhor com alguns deles, e não com outros. O importante, é olhar para  as cartas, senti-las, descobrir o que elas tem a ver com você, sua personalidade e sua maneira de jogar. Às vezes, acontece de um tarô caríssimo não 'conversar' com o tarólogo, e um outro, que custou pouco e é bem mais simples, estabelecer um contato muito forte. Eu, por exemplo, me adapto muito bem com o tarô de Waite, pois as figuras dos arcanos menores ajudam demais na interpretação, enquanto que no tarô de Marselha, os arcanos menores não me dizem absolutamente nada. 

Os arcanos menores são vistos triplicamente, ou seja, através dos planos físico, astral e espiritual. Os arcanos menores orientam e encaminham o consulente, dando respostas mais óbvias e rápidas, São os 'fofoqueiros' do tarô, segundo a minha professora.


Os Três Planos

1- Físico - Fala das coisas objetivas e práticas. O plano da natureza.

2- Astral - Fala das coisas racionais e emocionais, é o plano psicológico ou anímico. Tem a ver com o pensamento e o sentimento irracional; a intuição.

3- Espiritual - É o plano do arquétipo (a palavra arquétipo significa 'modelo que se utiliza como exemplo; Arquétipo é descrito pelo psicólogo Carl Gustav Jung como um conjunto de imagens psíquicas presentes no inconsciente coletivo que seria a parte mais profunda do inconsciente humano).

As cartas do tarô estão relacionadas às quatro energias fundamentais, ou seja: 
1-Terra (Naipe de ouros)
2-Ar (Naipe de espadas)
3-Água (Naipe de copas)
4-Fogo (Naipe de paus)

O plano da Terra está relacionado às coisas materiais e palpáveis, as questões práticas e concretas da vida. O corpo físico, o dinheiro, enfim, este elemento tem muito a ver com os bens materiais.

O plano do ar tem a ver com o ar que nos envolve, como um elemento de ligação e comunicação. por exemplo, telefone, internet, imprensa, escritos. O ar tem a ver com o pensamento e a intelectualidade. 

O elemento água tem a ver com as nossas emoções mais profundas. Por exemplo, o que amamos / odiamos.

O elemento fogo representa o calor, a luz, a busca pelo alto (espiritualidade). O fogo é uma energia de muito entusiasmo, coragem e vitalidade. 





Os Arcanos maiores


Muitas pessoas usam apenas os arcanos maiores durante o jogo. Eu mesma nem olhava para os arcanos menores do meu baralho de Marselha, pois daria muito trabalho memorizar seus significados. Mas ao ter contato com outros tipos de tarô, nos quais os arcanos menores são melhor representados, passei a usá-los também. 

Vou citar aqui os nomes dos arcanos, que seguem a ordem da figura acima, e seus números. Em outras postagens, falarei sobre cada um deles, segundo o que tenho aprendido em minhas aulas e também em minhas pesquisas, nos muitos livros que estou lendo a respeito. 

0- O Louco
1- O Mago
2- A Sacerdotisa ou A Papisa
3- A Imperatriz
4-O Imperador
5- O Papa
6-Os Enamorados
7-O Carro
8-A Justiça
9-O Eremita
10-A Roda da Fortuna
11-A Força
12-O Pendurado ou O Enforcado
13- A Morte
14- A Temperança
15- O Diabo
16- A Torre
17- A Estrela
18- A Lua
19- O Sol
20- O Julgamento
21- O Mundo






Em alguns baralhos, O Louco é número 22, a última carta, e não zero.

Na minha próxima postagem, partilharei o que aprendi sobre esta carta - O Louco. Até lá!








domingo, 23 de setembro de 2018

O Caminho do Aprendiz

Estas são as cartas do Tarô de Marselha


Este é um blog totalmente despretensioso, que eu estou criando a fim de partilhar meu aprendizado sobre o Tarô. Também gostaria muito de encontrar pessoas que estudam ou jogam Tarô para troca de experiências. 

Vou começar falando um pouquinho sobre a minha trajetória com o tarô que começou há mais ou menos dez anos:

Enquanto procurava por livros em uma livraria aqui em minha cidade, acabei encontrando um de Carlos Godo, sobre o tarô de Marselha. Já tinha ouvido falar das cartas, e fiquei curiosa; acabei comprando-o. Mal cheguei em casa, comecei a lê-lo e a olhar as cartas, e então, fiz meu primeiro jogo sobre mim mesma; a resposta foi um tanto confusa. Era muito difícil conseguir associar as cartas e criar um significado! Mas eu não desisti, e continuei estudando e fazendo jogos para mim mesma. A coisa mais incrível, é que com o tempo eu acabei criando uma certa intimidade com as cartas - os Arcanos Maiores - e elas pareciam conversar comigo em um linguajar cada vez mais fluente.

Também adquiri outros livros que falavam sobre o tarô, ensinando o significado das cartas e os diferentes tipos de jogos. 

Após deitar as cartas para um amigo, por insistência dele (fiz questão de deixar claro que eu mal sabia jogar, e precisei usar o livro a fim de fazer as interpretações), acabei vendo coisas que não gostaria de ter visto, e que acabaram se concretizando, infelizmente. Acho que aquela foi minha primeira leitura realmente significativa. É claro que eu não gostei de ter sido a portadora de péssimas notícias como aquelas, e acabei deixando o baralho de lado durante um bom tempo. 

Porém, em 2010, um acontecimento que perturbou não somente a mim, mas a toda a minha família, acabou me levando a procurá-lo novamente. Eu tentava encontrar respostas para o que estava acontecendo, e talvez devido a minha ansiedade, não conseguia ver o óbvio, mascarando a realidade através daquilo que eu gostaria de ver acontecendo - e que não aconteceu. Depois que tudo acabou, fiquei de mal com Deus, e também com o tarô. Mais uma vez, deixei-o de lado. O livro e as cartas foram guardados em uma estante, onde só eram tocados quando eu fazia  a limpeza da casa. 

Fiquei muito tempo sem abrir as cartas, até que em julho deste ano (2018) fiquei sabendo de um curso sobre tarô aqui em minha cidade. A ideia ficou me perseguindo por algumas semanas, o que causou um pouco de ansiedade, até que procurei saber mais detalhes e finalmente decidi começar o curso, no qual ainda estou e ainda ficarei por alguns meses. Daí em diante, tenho estudado sobre o tarô em vários livros, além da sala de aula, e cada vez mais, estou criando uma intimidade com as cartas que tem se tornado cada vez mais intuitiva e precisa. O tarô é assim: você fala com ele, e ele fala com você. Você olha para ele, e ele olha para você. Você se esforça para conhecê-lo, e ele ajuda você a auto-conhecer-se. 

Apesar de ser um jogo muito intuitivo, acredito ser importante que você estude cada carta, leia muitos livros a respeito, converse com cada arcano e deixe que os significados aprendidos criem um caminho todo próprio até você. Também tem sido  muito bom para mim assistir a alguns vídeos sobre leituras no Youtube. Quanto mais estudarmos, mais natural se tornará a nossa "conversa" com o tarô. 

E é exatamente por isso que eu decidi abrir este blog: para estudar e trocar experiências, se possível. Aqui eu colocarei, pouco a pouco, coisas que aprendo em minhas aulas, os significados das cartas que estou estudando, algumas tiragens que eu fiz e outras coisas que se refiram ao tarô e sua história. Por favor, sinta-se bem-vindo para acrescentar significados através de seus comentários!

Até breve!




FINALIZAR PROCESSOS

Percebo através de algumas leituras que tenho feito a necessidade que as pessoas têm ao compreender que, antes de começarmos um novo ciclo d...