Eu tenho um baú de madeira, grande e pesado, que meu jardineiro fez para mim por encomenda. Lá, eu guardo meus tarôs, oráculos e seus respectivos livros. Também estão lá a minha toalhinha de tarô e minhas anotações e leituras que fiz para mim mesma e outras pessoas.
Acho essencial criar um espaço onde tais coisas possam ficar guardadas e preservadas com todo respeito. Mas penso muito no que será de tudo isso quando eu morrer. Quem encontrar, certamente criará muitas histórias sobre a tia bruxa.
Estive pensando no quanto descobrimos sobre as pessoas depois que elas morrem. Por exemplo: encontrei alguns textos escritos por minha mãe, tão tristes e profundos, e eu nunca tinha imaginado que ela professava tanta solidão na vida, tanto sentimento de estar isolada, excluída, e não se sentir amada. Sempre a vi como uma mulher um tanto 'coquete', superficial mesmo.
Bem, depois que eu morrer, quem ficar com as minhas coisas (não tenho a menor ideia ou preocupação a esse respeito) terá grandes surpresas ao vasculhar meus baús, gavetas, armários e livros. Não encontrarão absolutamente nada de valor - não possuo joias ou coisas caras - mas encontrarão material de entretenimento que vai proporcionar muitas horas curiosas.
Ou talvez meus herdeiros apenas peguem tudo isso e façam uma grande fogueira atrás do terreno da minha casa.
ResponderExcluirAs coisas arrumadas têm sempre outro valor.
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Tenha um dia feliz. Cumprimentos
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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Este belo texto fez me lembrar do dia em que abri um velho de minha mãe, quando jovem, e lá encontrei apenas uma rosa seca, que me rendeu um poema.
ResponderExcluirUm bom final de semana, Ana.