Tarô Online ou Presencial?

Hoje gostaria de tocar em um tópico delicado, pois há muitas controvérsias neste tema: consultar tarólogos de forma presencial é mais eficaz do que consultar online? Bem, há várias alegações nesse sentido:

Os que são contra leituras online dizem que:

-É preciso que o consulente esteja presente para que a sua energia interaja com a energia do tarólogo e do baralho durante o jogo. 

-Nem sempre saberemos se o tarólogo em questão realmente fez a leitura devidamente ou se apenas fez colocações aleatórias, apenas para receber pela consulta.

Os que são favoráveis à leitura online alegam que:

-Energias circulam por todos os lugares, independentemente da presença das pessoas ou não. Se concentramos nosso pensamento em alguém ou em alguma coisa, já estamos 'lá', e fazemos com que haja uma interação, mesmo à distância.

-Quando deixamos que outras pessoas - mesmo que sejam consulentes - toquem ou manuseiem as cartas, a energia do tarô é contaminada, e portanto, a leitura fica comprometida.

-Online ou não, um bom enganador é capaz de iludir o consulente.

Agora, vou dar a minha opinião a respeito, de acordo com as leituras que fiz até hoje, tanto presenciais quanto online:

Para mim, a leitura fica comprometida quando:

- O consulente está muito ansioso, fazendo perguntas após perguntas e interrompendo a todo momento a linha de raciocínio do tarólogo; nesse caso, a minha concentração se dispersa e obtenho respostas misturadas e confusas. 

-Quando o consulente critica ou contradiz, a todo momento, o que o tarólogo está dizendo, sem antes fazer uma reflexão profunda a respeito. Aqui, há uma quebra de interação imediata - pelo menos para mim. Se um consulente retruca o que estou dizendo, como se tentasse me provar o quanto estou errada, ou ele está agindo de má fé ou eu toquei em algum ponto nevrálgico sobre o qual ele se recusa a refletir.  Se isso acontece, termino a leitura imediatamente. De nada adianta discutir com quem já sabe tudo. E se já sabe tudo, por que quis fazer a consulta? O tarô é um elemento de reflexão, e quando o consulente se recusa a fazer esta reflexão, de nada adianta a leitura.

- O consulente apenas pediu a leitura por mera curiosidade, sem necessidade ou sem estar levando realmente a sério, apenas para "desmascarar" o tarólogo. Nada de bom pode vir de tal interação.

-Quando o tarólogo está preocupado apenas (ou principalmente) com o quanto vai receber pela consulta. Quando colocamos a energia do dinheiro em uma consulta de tarô, as egrégoras que cercam a leitura mudam imediatamente. Não é ilícito cobrar por uma leitura, porém, o dinheiro JAMAIS deve ser a principal causa que move um tarólogo. A principal causa de um tarólogo deve ser a vontade sincera de ajudar. 

-Quando o tarólogo está cansado ou doente, seu campo energético está baixo e há uma leitura insatisfatória. 

-Quando a leitura começa sem nehum ritual específico, em qualquer lugar - mesa de bar, onde vários curiosos se reunem em volta, tardes entre amigas - onde o tarô é levado "na brincadeira". A leitura de tarô, para mim, é coisa séria, e envolve um ritual de purificação e energização, tanto das cartas quanto de mim mesma. Uso sempre uma toalha especial para isolar a energia da mesa da energia do jogo. Depois, faço uma oração, incenso o baralho, escolho alguns cristais e peço proteção ao meu Anjo Guardião. 

Depende de cada tarólogo a maneira como ele se sente melhor ao fazer sua leitura. Alguns preferem a leitura presencial. Eu prefiro fazer a leitura "por encomenda," sozinha em minha casa em um dia calmo, após os meus rituais e sem que outras pessoas toquem nas cartas ou fiquem em volta fazendo perguntas. Consulto meus livros e escolho o baralho que eu achar mais adequado àquela leitura,  respiro profundamente várias vezes para me concentrar melhor e ... lá vou eu!

 Esta é sempre a minha melhor leitura.