terça-feira, 2 de outubro de 2018

O LOUCO - Carta 0




O Louco: Lei da Dissolução e Integração.


Cada arcano do tarô é representado de formas semelhantes em todos os baralhos. Alguns baralhos são bastante ecléticos em suas representações, mas mesmo assim, todos seguem um padrão. Este arcano aí em cima é O Louco, a carta número zero (pode ser a carta número 22 em outros baralhos). Quando olhamos para uma carta, devemos deixar que ela converse conosco, que ela nos diga qual é o seu propósito, pois nas leituras, ela pode estar em várias posições diferentes, representando presente, passado, futuro, aconselhamento, etc. É imprescindível que olhemos para elas além da forma lógica, mas também de forma intuitiva.

Vamos começar com as palavras-chave desta carta, que falam dos aspectos positivos e negativos:



Positivos: abertura ao novo, o começo de algo novo, um olhar sem preconceitos, aventura, aceitar riscos, jogar-se na vida, eloquência persuasiva, fugir ao que é lógico demais, inocência, espontaneidade, curiosidade.




Negativos: Irresponsabilidade, ignorância, infantilidade, impulso cego, falta de direcionamento, inconsequência, instabilidade emocional. 


Minhas impressões ao olhar esta carta: Alguém de olhar sonhador caminha à beira de um precipício carregando uma pequena trouxa, seguido por um cachorrinho que parece alertá-lo do perigo de cair no abismo, mas o Louco não o escuta, talvez porque precise exatamente de andar na beira deste abismo, olhar o que tem lá em baixo e perder o medo de cair. Ao olhar lá para baixo, ele terá uma visão mais abrangente dos caminhos por onde pode seguir, para onde eles levam (embora não seja esta a sua preocupação) e se ele quiser, poderá ficar um tempo por ali, olhando lá para baixo, descansando sem pensar em nada. O Louco não deve nada a ninguém, e se deve, não está preocupado em pagar. Ele só quer ser sereno, exercitar o seu direito de paz interior, mesmo que pague um preço por ela aos olhos do mundo. Ele é jovem e não tem um destino, gosta de aventurar-se e ama a liberdade. 






Porém, ele sabe utilizar esta liberdade sem torná-la nociva a si mesmo e aos que o cercam? É sempre tão difícil conviver com aqueles que se dizem espíritos livres! Não é nada fácil lidar com sua falta de comprometimento e sua mania de não querer se encaixar em lugar nenhum e não seguir nenhuma regra. Ó Louco, vê se toma um pouquinho de juízo, mas só um pouquinho, porque você não pode, de maneira nenhuma, deixar de ser aquele espírito livre, nem pode deixar de lado a sua coragem. 


Estas são as minhas impressões. Agora, pense: quais são as suas?






Se alguém me pedisse para interpretar O Louco em uma pergunta relativa a busca espiritual, eu diria: vá em frente e não tenha medo de olhar para o novo. Enxergue a vida com olhos bem abertos, abraçando o novo caminho mesmo sem saber até aonde ele vai levar você. Confie na Força Superior que o guia!

Caso a pergunta se relacionasse a plano material, eu diria: foque mais naquilo que você quer, tome um direcionamento para poder chegar a algum lugar, ou ficará vagando e perdendo tempo, mas mantenha a sua criatividade em alta. Tome tenência, menino (a)! 

Em uma pergunta de cunho emocional / novo relacionamento, eu diria, quem sabe: Cuidado! Pode ser divertido, mas não se envolva demais. Aproveite o momento, embarque nessa jornada e aprenda com ela, mas sabendo que pode não durar muito. O Louco não tem tem compromissos, ele não se prende. Porém, se o relacionamento fosse antigo, eu diria: cadê as suas crianças interiores? Onde vocês a deixaram? Tratem de resgatá-las rapidinho, divirtam-se mais. Depende. Cada caso é um caso...

O número do Louco é o zero. Ele é associado a um círculo fechado, ele é o nada, que pode significar muitas coisas quando a gente pensa em começar algo. Uma incógnita, não é? Ele pode significar uma busca pela plenitude. Ele é a subtração de dois números iguais. 

"Do Nada viemos, ao Nada retornaremos."  Mas entre um nada e o outro, há um longo caminho... 



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