quinta-feira, 22 de junho de 2023

CONVERSA COM O ARCANO 8 - A FORÇA

 



É preciso força espiritual - muito mais que força física - para lidar cm as dificuldades diárias. 

Ela me mostra a serenidade no rosto da moça que domina o leão (que na verdade, parece querer ser dominado). Ele não tenta livrar-se do domínio da moça, pois sabe que não está sofrendo nenhum tipo de ameaça ou perigo; está apenas sendo submetido à inteligência dela, o que pode ser bom para ele, já que ela o ajuda a dominar a sua agressividade natural ou a direcioná-la na vida de forma mais saudável.

Talvez  A Força seja uma carta incompreendida, pois quem olha para ela, pensa que ela pede mais agressividade, quando é justamente o contrário: ela nos pede para sermos fortes, espiritualmente fortes, a fim de dominarmos as nossas paixões, para que possamos direcioná-las às coisas que realmente valem à pena.


Ela está ali para nos mostrar que moscas se pegam com mel, não com uma arma de fogo. Ela quer nos dizer para redirecionarmos o foco, estudarmos as possibilidades antes de seguirmos em frente. O autodomínio ( a moça é a moça e o leão, ao mesmo tempo; ela é quem domina e é quem é dominada. A força que ela exerce na vida é a força que ela mesma recebe de volta). É aconselhável sermos, às vezes, severos conosco mesmos, mas não severos demais ao ponto de sermos intolerantes com nossos erros. Ao mesmo tempo, a auto complacência nunca deve ser exagerada ao ponto de termos justificativas para todos os nossos enganos e más atitudes.


Ela nos pede que sejamos fortes, mas não agressivos; compassivos, mas não auto indulgentes; duros, mas não cruéis. Sagazes, mas não enganadores. 

A Lemniscata (o oito invertido sobre a cabeça da moça) coroa tais atitudes, pois ela representa a sabedoria e os poderes espirituais que ela conquistou ou deve conquistar. Ela nos pede que sejamos fortes e saibamos delimitar nossos limites aos outros, mas não precisamos nos impor ou sermos cruéis. Ela quer que usemos das nossas forças espirituais para que dominemos as invasões anímicas alheias, mas com empatia e paciência.

Que saibamos dizer 'não' com firmeza, mas sem ódio; que saibamos dizer 'sim' quando esta palavra não signifique nos roubarmos de nós mesmos.











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