sexta-feira, 8 de novembro de 2024

O TEMPO DO TARÔ



Muitas vezes, ao fazer uma leitura, um tarólogo sente uma certa energia e se atreve a fazer uma pequena... profecia, digamos. Existem ali evidências de algo que está para acontecer - mas às vezes, o que o tarólogo interpreta como algo para acontecer daqui a alguns dias ou meses, tal coisa pode se dar em mais tempo. Quem sabe, alguns anos.

E é claro que a vida dá voltas, as pessoas fazem novas escolhas e tudo pode mudar. Essas previsões são baseadas nas energias do momento.  Mas se as energias permanecem as mesmas, não é que o tarólogo tenha "errado", embora isso possa acontecer; é que o tempo do tarô é diferente do tempo da gente.

Há exatos quatro anos, fiz uma leitura para tentar saber se Trump ganharia as eleições passadas, e embora tudo levasse a crer que havia uma grande chance de ele ser vencedor, o tarô me disse que não. Ele iria perder, levar um tombo feio, mas durante os quatro anos seguintes, ele ia aprender a refazer caminhos e ouvir melhor aqueles que o assistem. Daí, ele voltaria não apenas vitorioso, mas com toda pompa e circunstância.

Bem, isso aconteceu.

Da mesma forma, o tarô também me disse que Bolsonaro ia perder as eleições. E ele perdeu. O que isso me prova? Em primeiro lugar, que eu preciso ter um pouquinho mais de auto confiança; em segundo lugar, que eu preciso confiar mais no tarô e naqueles que me assistem durante as leituras.

Se uma leitura de tarô não tem nada a ver com você ou com o que você esperava ouvir, espere; dê tempo ao tempo. Guarde esta leitura durante algum tempo, volte a ela de vez em quando e você vai acabar se surpreendendo!




quinta-feira, 3 de outubro de 2024

FOFOCA

 

 

A fofoca, que muitos consideram apenas como uma conversa informal a respeito da vida alheia (e algumas vezes ela até pode ser considerada como tal), também tem o seu lado perverso: Por que alguém passaria tempo de sua própria vida debruçado sobre a vida do outro, procurando por alguma coisa negativa que pudesse aumentar e partilhar? E por que o receptor da fofoca, ao invés de procurar esclarecer os fatos, escolhe acreditar em um fofoqueiro?

 

A fofoca destrói amizades antes que elas possam crescer e se solidificar. Ela demoniza o caráter de uma pessoa que nem sequer sabe que sua vida está sendo exposta e comentada. E geralmente, a pessoa que destrói a reputação de outra tem como objetivo ficar "bem na foto," "sair por cima" de um conflito ou dar algum tipo de explicação sobre uma decisão que tomou ou um erro que cometeu. 

 

E após um desentendimento causado pela fofoca, embora a vítima possa vir a perdoar quem a atacou, a relação nunca mais será a mesma. Porque a confiança morreu. Aquela pequena flor que estava começando a brotar por sobre o muro foi ceifada bem rente ao caule, e em seguida, pisoteada. 

 

Eu sou uma pessoa bastante sensível - diria até sensitiva - e percebo as energias que estão me rodeando e tentando quebrar meu círculo energético. Eu sei quando algo está errado. Tento negar a mim mesma, mas logo em seguida, alguma coisa que estava escondida vem à tona. 

 

 De repente, uma pessoa que sempre nos tratou bem começa a nos olhar de lado e fingir que não nos vê; Quando é inevitável que nos cumprimente, o faz de má vontade, e mesmo diante de um sorriso, conseguimos perceber que ele não é espontâneo. Quase sempre, há um fofoqueiro de plantão, daqueles do pior tipo: o que inventa mentiras e distorce verdades, apenas porque destruindo uma amizade, terá melhor domínio sobre uma situação. 

 

Mas quando isso acontece, eu não me preocupo; o universo tem a mania de esclarecer as coisas, mesmo que isso demore. O tempo pode não ter pressa, mas a justiça divina é sempre implacável. E aquele que está pronto a virar-se contra alguém devido a uma fofoca, acabará vendo que fez uma escolha terrível - mas será tarde demais. Porém, sempre fica a lição.


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terça-feira, 3 de setembro de 2024

DIZER A VERDADE, SER VERDADEIRO

 





Quem diz a verdade a si mesmo é incapaz de mentir a quem quer que seja. 

 

Vejo muitas pessoas que procuram desculpas para justificar as decisões que elas próprias tomam, sempre apontando outras pessoas como responsáveis pelos seus feitos e escolhas. Tais pessoas não estão seguras sobre suas próprias decisões, e atribuem aos outros o papel de as terem 'forçado' a seguir este ou aquele caminho, pois se nada der certo, poderão atribuir ao outro a culpa pelas suas más escolhas.

 

Pessoas assim não refletem e nada aprendem, pois jamais admitem terem errado. Dizem-se sempre vítimas das circunstâncias. 

 

Há pouco tempo, alguém me disse: "Tomei tal decisão porque será melhor para mim e para você, já que você não está mais satisfeita com o meu trabalho." Dei a ela a única resposta que eu poderia ter dado: "Essa é a sua escolha, e a sua decisão. Eu nunca disse tal coisa. Vá em paz e obrigada." Eu quis deixar bem claro a ela que eu nada tive a ver com a escolha que ela mesma fez.

 

Por que as pessoas não dizem a verdade a si mesmas? 

 

Quando alguém se afasta de mim de forma tão súbita e sai batendo o pé, eu não pergunto jamais o motivo, nem tento impedi-las; considero um livramento. Afinal, eu rezo todos os dias e peço a Deus que afaste de mim as pessoas falsas, mentirosas e invejosas. Não posso lamentar quando Deus me ouve. 

 

 

Ana Bailune

terça-feira, 20 de agosto de 2024

MEDO





 Vamos falar um pouquinho sobre o medo?

O medo, me disseram, pode surgir das reflexões exageradas. Concordo... e discordo! Pelo menos para mim, refletir me ajuda a tirar os fantasmas de trás dos armários e trazê-los à luz. Acho que o medo chega quando não queremos fazer isso, nos negamos a encarar esses fantasmas e libertá-los. 

Acho que uma reflexão exagerada seria algo como pensar demais antes de agir e acabar não agindo. Acredito muito que a gente precisa ter coragem para dar alguns passos no escuro na vida, acreditando na nossa intuição e em uma força que nos protege e guia. 

Ninguém tem certeza de nada, e até mesmo o que foi cuidadosamente planejado, pode dar errado. Planejar é muito bom , pois prevê e evita uma série de problemas, mas muitas vezes é necessário ter coragem de se jogar nas coisas. Quem sabe, uma oportunidade passe pela sua vida e você não a agarre por medo de perder o que já tem? Isso é paralisante! Arriscar faz parte, e se não der certo, pelo menos ficará o aprendizado. Não se pode calcular tudo meticulosamente.

Assisti a um filme com Morgan Freeman recentemente (é claro, não consigo me lembrar do título) onde um personagem estava sempre sofrendo por amor. O personagem de Morgan Freeman o havia aconselhado a não se jogar de cabeça tanto nos relacionamentos sem antes saber se aquela pessoa tinha os mesmos objetivos que ele. Daí, quando o rapaz conheceu uma mulher que achou bacana, ficou temeroso em se envolver com ela, e foi consultar o Morgan - o personagem dele - dizendo que estava seguindo o conselho de não se jogar de cabeça. Então o Morgan respondeu que ele deveria se jogar sim, mas olhar antes. 

É isso. Acho que a gente precisa ter mais coragem, não fazer tantas perguntas. Acho que a vida nos convida a confiar nela. A confiar em Deus, e também na nossa intuição. Demos o passo, e se o caminho não se abrir, é hora de olhar para baixo para não cair no abismo (carta do Louco acima), mas é preciso tentar.





quinta-feira, 18 de julho de 2024

PERDIDA

 



De tanto querer encontrar um caminho, às vezes seguimos por qualquer caminho que nos surja adiante. Com frequência voltamos a caminhos que jamais nos conduziram a lugar nenhum - apenas nos deixaram ainda mais perdidos, e embora tenham nos oferecido lições importantes sobre nós mesmos, tais lições não foram devidamente assimiladas.

Assim, perdemos um tempo enorme das nossas vidas ao voltarmos por estes mesmos caminhos esperando que encontremos alguma mudança. E deparamos com a mesmice. As pessoas são as mesmas, não há nenhuma novidade, as promessas que nos fizeram e que nos levaram de volta a essas estradas antigas foram novamente quebradas.



Mas até que aprendamos a lição, continuaremos sendo levados de volta repetidamente a tais caminhos.

Achamos que dependemos das pessoas para sermos felizes, e constantemente ignoramos que na vida, mesmo que seja importante interagir com os outros, é preciso aprender a ser sozinho, a amar a nossa própria companhia,  nos sentarmos conosco mesmos para uma boa xícara de chá e uma conversa sincera... e difícil. E enquanto não nos propusermos a ter essa conversa íntima, continuaremos errando, e errando, e errando... e não existe leitura de tarô que nos possa ajudar.





segunda-feira, 1 de abril de 2024

FINALIZAR PROCESSOS




Percebo através de algumas leituras que tenho feito a necessidade que as pessoas têm ao compreender que, antes de começarmos um novo ciclo de vida, precisamos terminar o anterior. Muitas pessoas encontram-se confusas em vários aspectos de suas vidas simplesmente porque não compreendem isso.

Um exemplo: se um relacionamento está conturbado, é preciso resolvê-lo - colocar um ponto final ou conversar e se entender - antes de entrar em outro. Quem entra quebrado ou dividido em um novo relacionamento, sem ter aparado as arestas ou tomado um tempo sozinho a fim de entender o que aconteceu e resolver dentro da cabeça e do coração o término, estará apenas fugindo da realidade e se preparando para repetir um padrão.

O mesmo digo sobre as questões de trabalho; quando estamos insatisfeitos em um emprego, isso não significa que temos que negligenciá-lo, mas antes, ter paciência, investir em aperfeiçoamento pessoal e profissional antes de começar a procurar um outro lugar para trabalhar, e ao encontrá-lo, avaliar se é ou não melhor do que o local onde nos encontramos. E esquecer essa coisa de "emprego perfeito" ou "emprego dos sonhos," porque não importa onde trabalhemos, problemas surgirão, e a perfeição não existe.

Todos passamos por fases difíceis na vida. Nesses momentos, ao invés de tentar fugir (de empregos, relacionamentos amorosos, amizades ou problemas de saúde) o mais rapidamente possível, é melhor ter calma, olhar para dentro e ver o que precisamos aprender nesses processos. Assim, mais sábios e calmos, estaremos prontos para recomeçar alguma coisa que dará certo, ao invés de ficarmos presos a padrões de fuga que só nos levarão a repetir o que já deu errado. Padrões repetitivos acontecem porque a vida está tentando nos mostrar uma coisa que não estamos enxergando, ou que não queremos ver.

Um novo relacionamento nunca deve ser visto como uma fuga de um relacionamento antigo que não deu certo, e a procura de um novo emprego às vezes não é a resposta para resolver problemas no trabalho; talvez a necessidade seja analisar o que temos feito para que tudo esteja dando sempre errado.

E o tarô pode ajudar muito nesse processo, pois ele aponta caminhos, desvenda mistérios escondidos dentro da gente, nos ajuda a enxergar melhor as possibilidades da vida. Ele só não pode "adivinhar" o seu futuro; se isso fosse possível, que graça teria a vida? Se Deus quisesse que tivéssemos a certeza sobre o futuro, não teríamos nascido com esta capacidade? 

O tarô é um caminho terapêutico, uma ajuda espiritual, mas jamais uma determinação inquestionável; pelo contrário, ele convida o consulente a questionar tudo, a revirar as gavetas, mudar atitudes.




terça-feira, 6 de fevereiro de 2024

O TARÔ E O TEMPO

 



Se existe uma coisa que eu aprendi a respeito das leituras de tarô e do tempo, é que o tempo do tarô é bem diferente do nosso.

Às vezes, durante uma leitura, eu sou inclinada a dizer certa coisa sem saber nem mesmo o porquê, muito mais inspirada pela minha intuição do que apenas pelas cartas em si. Eu sinto que eu tenho que dizer aquilo, e então, eu digo. Quando se trata de uma leitura presencial (que eu não gosto de fazer, pois para mim, a ansiedade e as interrupções do consulente interferem na minha concentração), vejo o ar incrédulo com o qual eles recebem esses avisos.

E dias, meses ou até um ano depois, aquela coisa realmente acontece, mesmo que não faça parte do contexto do consulente no momento da leitura. 

Quando se lê tarô, é quase impossível dizer em quanto tempo algo vai acontecer. E as pessoas são geralmente impacientes: se não for agora, não vai ser nunca! 


Uma outra coisa que as pessoas confundem, e depois ficam dizendo que o tarólogo "errou" na leitura: A leitura muitas vezes mostra no momento da pergunta as tendências futuras, caso nada diferente seja feito. Uma leitura de tarô não é uma afirmação incontestável do destino. 

Exemplo: suponhamos que o tarólogo diga, de um relacionamento, que a tendência é uma separação; ele quer dizer que, se nenhum dos dois mudarem de atitude, isso é o que está fadado a acontecer. Mas de repente, o casal começa a frequentar um conselheiro matrimonial, ou então a se empenharem mais para fazer dar certo, e as coisas mudam! Neste caso, a leitura levou-os à conscientização da necessidade de mudança, dizendo o que aconteceria se tudo permanecesse o mesmo. E outras vezes... mesmo apesar de todas as tentativas, o casal realmente acaba se separando.

Tarô não é jogo de adivinhar futuro; ele até pode fazer previsões, mas a principal função de uma leitura de tarô - uma que seja realmente boa - é a de trazer reflexões e ajudar o consulente a promover mudanças necessárias, enxergando coisas a um nível subconsciente.







O TEMPO DO TARÔ

Muitas vezes, ao fazer uma leitura, um tarólogo sente uma certa energia e se atreve a fazer uma pequena... profecia, digamos. Existem ali ev...